segunda-feira, 7 de novembro de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Jornalismo alternativo e os movimentos sociais criados no Youtube
Com inserção na rede Youtube no início de 2010 um jovem que até então cumpria seu papel de ator fracassado passou a ganhar respeito e voz entre jovens. O uso desta ferramenta com o passar rápido do tempo deixou de ser amador superficial e apenas de entretenimento e veio a ser um espaço para denúncia, acidas opiniões e movimentação social, como o bom jornalismo alternativo mostrou e defendeu ser durante os anos.
Entretanto, o fato de Felipe não ter sido estudante de jornalismo, ou nunca ao menos ter pisado em uma redação, ter anotado frases de efeito em seu bloquinho inseparável, ou ter gravado a cena da sua vida com alguma criança fazendo arte ou senhora de idade surpreendendo jovens faz com que essa movimentação social via internet tire sua possibilidade de fazer jornalismo? A resposta, já discutida e mal quista centenas de vezes dentro de salas de aula sempre foi clara. Não!
O jornalismo tem suas raízes na rua, na linguagem social, na narração e compreensão do que foi dito feito, e claro, em algumas aldaciosas vezes, na opinião clara e sem medo de ser dita de determinados jornais. O jornalismo alternativo trouxe aos consumidores de informação uma nova possibilidade de ver determinado fato, em que meia dúzia de jornalistas cansados de falar como numa receita de bolo quem, quando, onde e porquê’s, preferiu inverter tudo que você costumava ler e escrever o novo.
Mas, trazer um tipo diferente de folha, uma diagramação mais simples com menos “figurinhas” e, relatar em saborosas linhas detalhes de coisas que até então nos passavam batidos é ser alternativo? É fazer um até defendido jornalismo, as novas mídias e seus atores, engenheiros, marketeiros fazem o mesmo, e melhor, de formas que nós, jornalistas de sala de aula, de redação e bloquinho rabiscado não fazemos, temos preguiça, medo, ou aquele falso desdém.
Com 1 dia de campanha por preço justo em produtos eletrônicos comprados no Brasil Felipe com seu vídeo protesto, opinativo, de alerta e, por que não jornalístico, conseguiu recrutar 213. 047 assinaturas (número que sobe drasticamente a cada minuto). Meio mais alternativo que este, impossível de existir, lidamos hoje com um público X que necessita de representantes e comunicadores que falem sua língua, que defendam seus interesses, e que transportem e decifrem informações até então confusas para estes telespectadores em algo viável e com impacto.
Durante o vídeo Felipe segue até padrões jornalísticos, para embasar suas críticas o autor do vídeo mostra a diferença dos preços encontrados no exterior e aqui no Brasil e, cita dados numéricos pesquisados sobre o governo do estado do Rio de Janeiro. Para mostrar que, imposto existe, está ai sendo retirado de nossas carteiras e nós, o público X que o ouvimos e nos calamos frente a isso por puro comodismo. Engolimos “carolhocentos” tipos de impostos todos os dias, como grita Felipe, e não nos damos conta.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
As horas não vistas de Ademir
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Umas palavras sinceras num sábado de noite.
Falei a todos que poderia lidar bem com a situação, deixei meus pais orgulhosos e, embora visse o pé atrás que meu pai mantinha, eu sabia enganar bem os dois.
Para os meus amigos eu sou só mais uma que acaba tendo que fazer isto mais uma vez, para uns confesso que devo ser vista como careta, não aproveitar uma chance dessas para abusar da bebida, diferentes parceiros, uma loucura na piscina.
Mas, gosto de ser assim. Ou melhor, gosto de deixar claro a todos que de nada isto me incomoda, me atrevo a dizer que, até gosto, acho relaxante, uma experiência renovadora. Mas oras, a quem engano? Não se passaram nem 2 horas que a noite começou a chegar e a tormenta já me acompanha. Fico aflita, bem que meus pais ou uma boa companhia poderia voltar. Mas foi para isto que me propus, foi para exatamente isto que disse que não teria medos. Então, cabe apenas a mim mesma dar um jeito nesta confusão.
Conforme a noite vai chegando às cortinas se fecham, fico num canto escolhido como mais seguro e até, veja só, digito algumas palavras meio sem nexo para tentar, nada mais que uma tentativa barata, ser alguém mais confiante, sem medos. Quem sabe umas lutas ou uma música meio deprê logo mais me faça sentir menos calafrios.
Confundo-me rotineiramente com qualquer barulho que surge do lado de fora, aumento o volume de tudo, talvez me faça não ouvir as pessoas na rua, o vento que bate no metal, ou seja o que for aquilo que me fez por uns segundos não respirar. Por que ninguém ainda apareceu? Será que vai ser isso mesmo, eu e meus medos por toda a noite? E eu que me gabava a pouco pelos meus vinte e tantos anos de maturidade.
Ok, a noite lá fora já chegou, passaram-se 20 minutos desde que comecei a confessar estas confusas palavras e, preciso me assumir adulta, preciso me assumir forte, preciso assumir... tenho medo de dormir sozinha em casa.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Uma breve apresentação e fim.
A história de hoje circula por diversos arredores de São Paulo. Trata-se de um dia qualquer, na vida de pessoas que até então não fazem diferença alguma em nossas vidas, e bem, quem sabe, talvez não venham a fazer no futuro também.
Dona Lurdinha é moradora do bairro Jardins desde que se casou com o Doutor Lineu, hoje já falecido. Lurdinha tinha um dia típico de uma senhora que já beirava seus 75 anos, acordara sempre às 8 da manhã para sua caminhada lenta, parando sempre no Crepe de Munic para um café da manhã com as amigas Norma e Luna. Saia de lá por volta das 10 e meia da manhã, não havia pressa nunca, sabia que nada de inovador a esperava pelo restante do dia. Em casa regava as plantas que, era uma das duas tarefas proibidas as empregadas.
(Se reparar bem vai encontrar minhas 3 personagens. Lá no fundo isso até que tem um sentido.)
(Tudo bem, sei que você não vai voltar nunca mais. Eu também não voltaria!)
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Da simpatia para a tecnologia, o vício de Branca
Tudo começou aos 14 anos. Uma mãe fumante que não acendia o próprio cigarro e pedia para a filha mais nova por fogo em seu vício. Maria José, Branca para os mais chegados, acendia o vício da mãe no fogão de lenha que ficava escondido na cozinha de chão batido. Como benefício da ajuda, a adolescente ganhava a bituca do cigarro da mãe e ali naqueles poucos restos de tabaco se dava início a uma longa história de amor e ódio pelo vício.
Dessa história de início tímido e inocente, as coisas passaram a ficar maiores. Dois anos depois, a mãe de Branca, dona Emília, decidiu largar o cigarro. Dentro de casa cigarro não podia mais entrar. A jovem e viciada Branca teve que usar a criatividade. "Se todo mundo que fuma deixar um pouco, alguém precisa fumar o que sobrou". E foi nesse vício, misturado com a inocência de uma adolescente em seus 16 anos, que a brincadeira de caça aos toquinhos de cigarro alheio começou. Foram anos e anos andando pelas ruas e reacendendo cigarros do chão. Nesse meio tempo, Branca se casou. Olha que injustiça do destino: casou-se com um marido que cigarro não queria ver. E lá continuava Branca, um toco de lá, outro mais adiante.. Mas tudo muito bem organizado, o vício dela é regrado.
Com Branca não existem exageros. São três cigarros por dia bem divididos e disso não passa. Para largar os malditos três “cigarrinhos” muita coisa já fez. Simpatias não faltaram. Ela já jogou maço de cigarros na água e não olhou para trás, deixou cigarro dentro de um copo com água e, depois de um dia inteiro, lá se via Branca tomando a água do copo cinzento. Simpatias à parte, Branca também confia na tecnologia. Entre um copo de cerveja e outro, conta-me sobre uma encomenda que está por vir: o cigarro eletrônico. Com os mesmos sabores e saindo fumaça como qualquer outro cigarro, o eletrônico serve de substituto para quem deseja largar o vício, mas sem a nicotina e o famoso cheiro ruim. Ela diz que é a última tentativa. A esperança agora está nos Correios, que já está com a encomenda atrasada.
domingo, 26 de dezembro de 2010
A viagem
domingo, 7 de novembro de 2010
Bienal das loucuras
Bienal de Artes em sampa esse fim de semana foi MUITO BOA!
10 horas pra ir, ônibus cheio de amigos, UNO, cerveja e animação, chegada chuvosa, corpo molhado, gargalhadas impróprias, 10 horas pra voltar, 2 dias sem banho, aquele cheiro de desodorante coletivo, pessoal morto, mais cerveja, mais UNO, - cadê meu travesseiro?, dormi, acordei em Floripa novamente, bom dia minha terra sem garoa!
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Velhos tempos
sábado, 24 de julho de 2010
Por que é tão feio?
É definitivamente a posição mais humilhante que alguém poderia ficar. Não, não estou falando de meianove, de quatro e, todo aquele arsenal que conhecemos durante a vida. O assunto aqui meu jovem é outro, me refiro à horinha maldita em que você tosse.
Se tem uma coisa que você descobre sobre mim ao me conhecer é que, a gripe me idolatra. Volta e meia, coisa de uma vez por mês (ou um pouco mais, em época de sorte) a danadinha metida vem dar o ar da graça aqui no meu corpinho. Ela é daquelas que gosta de uma surpresa, chega chegando, não me dá descanso, olha pela fresta da porta se estou dormindo e PLUF, me acorda nervosa, antes de abrir meus olhos cansados e banhados numa remela gostosa da noite que passou, aquela sensação de aperto no peito já preenche tudo, feito uma panela de pressão o aperto vai subindo, subindo, subindo.. Quando vejo a tossida desesperada sai daqui de dentro aloprada. Quanto nervosismo!
E é ai que quem fica nervosa sou eu, olho pros lados no mesmo segundo, aquele medo de que alguém possa ter visto a dita ceninha broxante. E é por isso que hoje vim desabafar.
Por que tossir é tão feio? Primeiro você faz aquela cara de desespero tentando controlar o Tsunami que quer sair de você, depois é aquele biquinho de leve (lembrando muito bem a fisionomia de um pato, sendo enforcado), ai sim, você abre o bocão nervoso, empina o rosto pro lado que ninguém o veja (se você conseguir) e solta o famoso COF COF do jeito mais peculiar que ele possa ser (sem contar aquele medo absurdo de junto do ar da tossida vir aquele creme gostoso, verde, que lhe escapa pelos lábios). É eu sei, é nojento, é algo que eu podia guardar para mim e meus constrangimentos, mas eu precisava desabafar, sei que não sou a única que passa por isso (espero pelo menos que não).
Uma vez li em uma comunidade do orkut que tossir no inverno era modinha, acho que está na hora de eu parar de anarquia e deixar as tossidas só para o inverno. Porque o ano todo ta ficando difícil.
sábado, 17 de julho de 2010
Hoje o blog tá triste!
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Alguém precisa defender os fotologs.
- Eu tenho um fotolog!
ou
- Vi foto de fulano no fotolog dele..
A pessoa geralmente olha com aquela cara super sem entender e fala praticamente me agredindo:
- Tu AIIINDA tem um fo-to-log? Gente, isso ainda existe?
Mas PORRA, eu não estou falando de um Tazzo, ou de um Tamagushi que eu tinha que levar pra aula e levar esporro pra aquele porra não morrer, ou quem sabe de um Super Nintendo que assoprava as fitas pra funcionar e travar novamente no meio do jogo. Tô falando que por cargas d'agua eu gostei de um site que conheci em 2007/2008 e achei legal, não preciso alimentar, nem dar banho ou pôr pra fazer xixi a cada 5 minutos. Preciso somente ter ele e usar quando eu bem entender! E outro motivo muito legal para se ter um fotolog é que você pode usar ele como um suporte de links seus, tipo uma promoção sua de você mesmo para só você ver (porque ninguém se interessa pela sua vida).
Não sei porque as pessoas tem preconceitos por coisas que eram famosas à 2 anos atrás e hoje não são mais, a memória das pessoas está ficando cada dia mais curta, se pudéssemos medir ela com letras não passariam de 140 caracteres, aposto.
EU TENHO O MEU FOTOLOG, ACHO FOFO POSTAR DE VEZ EM QUANDO NELE. ATÉ PORQUE EU ARMAZENO TODOS OS MEUS 'ENDEREÇOS VIRTUAIS' LÁ NO CANTINHO DIREITO DA TELA, E ISSO É LEGAL. E EU SOU UMA PESSOA LEGAL, É.
Viu, achei um monte de motivos bem bacanas pra ter ainda o meu fotolog, posso usar ele agora?
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Numa daquelas conversas de msn...
frã-ã-an , diz:
Pois é, mas todos os ramos são assim, né?
Não tenho a mínima noção de como vai ser meu futuro.
Queria muito ser jornalista de moda, mas sei que preciso estudar muuuuuuuuuuito..
Queria muito ser cronista, mas tem tanta gente boa por ai... Retorno ao primário, B+A.
Queria muito fazer documentários, mas a concorrência é o inverso do que se ganha de dinheiro.
E hoje o que eu quero? Que me apareça um emprego de jornalista faz de tudo, que eu tô topando.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
A caixinha de música que guardava duas bailarinas
Futucando bem todo mundo tem piolho ou tem cheiro de creolina, todo mundo tem um irmão meio zarolho só a bailarina que não tem. Nem unha encardida, nem dente com comida, nem casca de ferida ela não tem. Dizia Chico em versos cantados ao lembrar da doce personagem que conhecemos dos palcos. Sempre tão distante da realidade que vivemos a bailarina é o potencial de toda pureza, beleza e delicadeza que possamos imaginar. Entretanto, duas jovens senhorinhas que vivem todas as realidades imagináveis trazem para o balé um “quê” de verdade.
Beatriz e Bianca são raridades literalmente, irmãs gêmeas idênticas daquelas que confundem a mãe, o pai, os irmãos, menos namorados, isso não pode. Por falar em namorados, falamos deles baixinho, o pai é ciumento e a mãe pede para namorarem escondidinho. As adolescentes de 17 anos são idênticas de rosto, de dança e de sonho, afinal, quem tira da cabeça de uma bailarina que seu futuro será de dançar, brincar com o corpo no palco, brilhar?
A arte veio cedo, junto dela a fé. Dentro da igreja Presbiteriana nossas bailarinas encontraram a dança, de saltos e coreografias as irmãs chamavam a atenção da comunidade que passou a entrar na igreja para com elas aprender a coreografar. A família que da fé já tinha recebido provas, quando muito cedo ganhara uma casa em um sorteio seguiu os paços delicados das meninas, foram todos conhecer a nova religião e lá ficaram. Gêmeas sapecas, da dança fizeram fé.
Conhecendo bem lá no fundo de uma conversa se enxerga a bailarina de uma vida. Talvez um pouco cansada, ou quem sabe apaixonada, mas essa fase sempre se tem. Uma vida mais sofrida, às vezes precisando de uma rifa, essa vida a bailarina também tem. Conhecendo bem lá no fim de uma conversa, você encontra a bailarina que o Chico não viu, aquela que estuda e acorda bem cedinho, lava a louça rapidinho e ajeita a casa num segundo pra criar coreografias que só ela tem. Beatriz e Bianca são bailarinas da vida, acreditam na dança de rua, e bailarina assim vive também.
sábado, 19 de junho de 2010
encontro a 4
São meses que correm e não olhamos no relógio, quando paramos por um segundo nos localizamos e sentimos falta de viver. Aquele tempo de colégio que dá saudade, risos e brigas todos os dias numa profundidade sem fim.
Depois de meses passados e tanto carinho perdido no tempo, marcamos, nos obrigamos, desmarcamos qualquer obrigação e encaramos o passado em nossa frente. Trocam-se ligações que até então se viam esquecidas, voltam os recados, - Te pego ai de carro!
E em um instante, a saudade volta sem tamanho, abraços, desabafos, me entrego. E percebo que meu tempo sozinha não vale a pena, sem vocês, meus amigos eternos.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Os restaurantes universitários e seus maiores rivais, a clientela.
Quando falamos sobre universidade diversos ambientes vem em nossa cabeça, e um dos lideres dessa lista é o restaurante universitário. Gente bem vestida, na correria, passando tempo, ou simplesmente comendo, transitam as mesas coloridas e os bufes da Unisul todos os dias. Mas, ao falarmos sobre dinheiro, qualidade e variedade o assunto ganha uma atenção maior.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Entre batidas e arranhões, deu-se o grito!
O moço tinha pele clara, olhos de rei e cabelo de anjo, mostrava uma nobreza no sangue só de se olhar. Eu observava a uns cinqüenta metros de distância, mais precisamente do outro lado da rua, atrás do balcão.
Ele como todo homem nobre se comunicava dominante com dois ou três anciãos que dividiam uma mesa improvisada no meio da grande obra aqui ao lado. Eu que estava atrás do balcão coberta por bugigangas distraia minhas olheiras cansadas com leituras vagas sobre antropólogos físicos e culturais, dali nada de concreto saia, tantas palavras bem formadas unidas, mas me gasto com puras teorias. Vivem sem singular e plural demais não enfatiza. Entre meus paleontólogos e lingüistas o que imperava mesmo eram os sussurros gritados do outro lado da rua, - Aaa, eeei, rááááá, tiravam-me definitivamente do mundo dos homens que buscavam entender o mundo, ali, quem nada entendia era eu. Sussurros altos, coisa de ensurdecer surdo-mudo. Por falar em mudo, percebi quando estava atrás do balcão que muda me transformo na solidão. E o carinha ali da frente que mudo nasceu com expressões de rei e sussurros na sua utopia ligados no auto-falante transformou-se no comunicador chefe. Falante para os homens da mesa, para a moça do balcão e para antropólogos chatos que me ensinam menos nos livros do que o mudo falastrão.domingo, 21 de março de 2010
Crônica do Chão!
O povo deve achar que só por eu simples e quieto não tenho vida. Ou talvez que eu nem mereça uma crônica só minha, mas quer saber, tem louco pra tudo nesse mundo.
Eu não entendo essa gente! Pisam em mim, me esfregam, sentam para fumar um ‘’beck’’, me queimam com a porra do cigarro. Eu sinceramente gosto quando me dão banho, me esfregam... Sinto um carinho imenso, como se fosse uma massagem. A chuva também me agrada, mas vocês seus porcos imundos fazem uma simples chuvinha virar piscina, uma enchente que não termina. O que me faz realmente não me sentir nada bem é quando me abrem para enterrar alguém ou quando aquele cara bêbado que sai da noitada achando que não vai vomitar e ‘’blééééhhh’’.
Não vai pensando que eu não tenho nenhum valor, ou o que falei até aqui não passa de um desabafo para um analista. Eu geralmente presencio coisas que muita gente gostaria de ver. Uma cena de sexo por exemplo! Imaginem vocês meninos: A maior gata da faculdade entrando de saia, quem tem a maior visão?
É certo, nessas coisas eu levo só vantagem. Mas você espectador, deve querer-me fazer aquela pergunta: E você chão? Como se sente quando aquele ‘’gordão’’ arrasta a cadeira e senta em você? Aí meu caro, não queira ser eu.
Muitas das vezes me orgulho do meu papel, participo de muitas passeatas, e em muitas delas sou papel essencial. Acredite, até obra de arte posso virar, a criatividade é realmente uma loucura, hoje você passa e nem me nota e amanhã, após uma ou duas pinceladas já sou artista principal, uma obra.
Além de artista, taradão, e piscina a céu aberto às vezes sou até cama pra mendigo e seu cão. Serviço completo, sabe como é: banheiro espaçoso e colchão. Sejamos claros, quem mija também caga, e se a adubagem é boa vou parar no seu almoço.. eu sei, eu sei, estou em todos os lugares, sou o colosso.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
As 2.800 espécies da comunicação.
Ok, lá vai a bomba: Eu não fui na semana da comunicação!
Eu não iria contar, não que eu fosse mentir, apenas ficaria em silêncio no meio do grupo quando a pergunta fosse feita. Mas já que me foi pedido um texto sobre a semana da comunicação, cuja semaninha maldita que eu não fui, me senti meio constrangida e sem imaginação suficiente para inventar gigantesca desculpa.
Então vamos aos verdadeiros fatos, o problema é que meu guardarroupa estava bagunçado, então tirei a semana de palestras e desabafos de antigos alunos da minha querida universidade para dar um jeito no recanto dos cupins que guardo minhas coisas.
Soube que segunda-feira haveria uma palestra sobre mídias e linguagens, até achei que poderia ser interessante, de grande utilidade para alguém que planeja trabalhar com mídia e junto com a coisa toda, as linguagens. Todavia, o meu guardarroupa que hoje escrevo com 2 “R’s” me deixou entretida demais no quesito linguagem, então deixei este dia para entende-lo e assim, decifra-lo (ai entra a poesia das mídias, entende?).
Seguindo a agenda semanal me deparei com pesquisa em comunicação na terça-feira. Até pensei levemente em ir ao campus e ver o que seria isso, porém, a linguagem que acontecera ontem me deixou tão estupefata com tamanha bagunça e desordem que resolvi fazer a pesquisa ali mesmo. Analisei todas as classes de bichos, insetos, por falar nisso, sabia que existem mais de 2.800 espécies de cupins? Pois é, fato muito relevante que me preocupou ao ponto de não aceitar que meu guardarroupa continuasse poluindo minhas blusinhas do jeito que houvera feito até hoje, por isso a quarta –feira foi dedicada as roupas, 2.800 cupins e etc.
Quinta-feira o assunto era o caminho da comunicação. Pra onde ela iria, rumos a tomar, medos com salários cada vez mais baixos, dia-a-dia de um jornalista, enfim, aquela famosa mesa redonda que acontece em todas as semanas de comunicação, mas que você sempre vai e sai de lá com a mesma cara de pastel. Então, eu que hoje me encontro na fase mais esquisita da faculdade, aquela que você já fez 2 anos e se acha o maioral, porém, todavia, contudo, sabe que ainda faltam 2 anos, o que te torna um nada, um qualquer, que ainda tem muito, mas muito mesmo para aprender, resolvi ficar em casa também. Fiquei naquele vou-não-vou por algumas horas, mas todos nós que entramos no meio do jornalismo já temos uma clara noção de que trabalharemos muito e ganharemos pouco, que ouviremos demais e falaremos regradamente, e que no fim tudo são rosas, afinal, amamos nossa profissão. Por este fato de já ter toda a conversa de 3 horas na cabeça e aqueles 2.800 tipos de cupins no guardarroupa resolvi ficar, algo bem justo até.
Por fim trago meu principal álibi para minha semana de caça cupins e faltas justificáveis na semana da comunicação. Soube que sexta – feira lidaria com a conclusão de uma semana de maluquices apresentadas pelo professor Daniel Izidoro, uma espécie de feira de ciências no mundo hipermidiático. O fato me fez lembrar dos 2.800 cupins que me enlouqueceram tanto essa semana na tentativa de comunicação “mulher – inseto” que de loucura eu já estava farta. Então, preferi vestir meu pijama limpo e sem nenhum rastro de inseto, e fazer esta analise ilusória. Assim, livro-me dos cupins, e de futuros constrangimentos na hora da tão esperada pergunta: “Quem aqui foi na semana da comunicação?”.
Eu que fiz o desenho, sou mágica.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Os ponteiros no olhar
Exatamente 1 hora, um pouco mais talvez em horário de pico, é o tempo que levo para sair da zona rural até a ilha, ponto final.
O sol que ainda brilhava vai sumindo, a falta dele me traz a memória que a noite é fria, mórbida. Noto pelo número de casacos que vai surgindo das bolsas, uns meio amontoados outros bem passados, alguns meio tímidos, pouco pano, afinal para que tanto?
Numa sequencia como se estivéssemos num musical as janelas vão se fechando, uma atitude até que normal, afinal o vento já seria inimigo fatal.
Ok, fatal nem tanto, afinal o moço da minha frente não participou do pequeno musical. Infeliz, que calor é esse? Não vê que de atchins já canta meu nariz?
Encolho-me feito criança com medo, dou tossidas de desespero. Mas nada serve de sinal para o fulaninho praieiro.
No segundo em que meu MP4 para noto que ali ninguém fala, é um silencio, situação enigmática. Assassinaram as gralhas? Cadê as risadas, fofocas de balada, reclamação da empregada? Nada! Conversar para que? Antes só do que mal acompanhada!
Volta música, mas noto que o vento que me incomodava para. Bondade do fulaninho é que não é, vi em seus olhos de relance o prazer que ele quer. Ó céus, é pior. A bendita fila que nessas horas de pico sempre dá. Junto dela minha raiva também vem, minha só não, as diversas cabeças curiosas subindo a olhar para frente provam que não sou a única que quer reclamar.
Ouço um “– Vai meu filho, tem medo de passar?” lá de trás. Eu que não fui, mas apoio o rapaz, motorista lento, não sabe o que faz.
Depois da curva que faz todos no banco segurar percebi que estou a rimar, acho que sou a única que não está a estudar ou roncar. Pelo menos pude todos observar, e falar, e falar, falar.
Patavinas, quando lembro de tudo isso anotar, noto que eu acabei de chegar, saco, e agora como vou lembrar? Talvez eu deva rimar, fica mais fácil de brincar, anotar, recordar, te falar.